29 dezembro 2007

Do Blog do Movimento Porto Alegre Vive


Neste final de ano, cabe bem para reflexão o poema “No Caminho com Maiakóvski”. O trecho em negrito é erroneamente atribuído ao poeta russo Maiakóvski ou Brecht, mas na realidade a autoria é de Eduardo Alves da Costa.

No caminho com Maiakóvski
Assim como a criança humildemente afaga a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

EDUARDO ALVES DA COSTA

23 dezembro 2007

Confraternização de final de ano

Dia 21 de dezembro, sexta-feira, ocorreu um encontro de confraternização da AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência.
O local escolhido foi a nova casa de vinhos, inaugurada recentemente, na rua Gonçalo de Carvalho.
Na ocasião, forem debatidos os novos desafios que a direção recentemente eleita enfrentará, em especial o problema crescente de poluição sonora nos arredores do Shopping da região.
Foi motivo de muita comemoração o considerável número de novos associados residentes na Cristóvão Colombo, bairro Floresta, que estão escolhendo a AMABI como melhor opção para defender também seus interesses junto aos poderes públicos.
Jacqueline Sanchotene, coordenadora do Movimento VIVA Gasômetro, participou da reunião de confraternização e detalhou a atuação do movimento e de seu calendário cultural para 2008.

20 dezembro 2007

Fórum de Entidades - Revisão do Plano Diretor

Foto: Movimento Porto Alegre Vive

Da página da Câmara Municipal de Porto Alegre:

Fórum ouve relato sobre áreas de interesse cultural

Na noite desta quarta-feira (19/12), o Fórum de Entidades que acompanha a tramitação de projeto que atualiza o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), esteve reunida no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal. Na oportunidade, a arquiteta Elena Graeff falou sobre as Áreas Especiais de Interesse Cultural (AIC). Ela lembrou ter participado da elaboração do PDDUA em vigor, como técnica da Secretaria da Cultura à época.

Em sua explanação, Elena falou sobre os conceitos de AIC da Cidade e suas implicações no Plano Diretor. Ela explicou que as questões de patrimônio que fazem parte da identidade da sociedade. “Patrimônio é uma herança que se recebe na sociedade nas gerações que se sucedem. Seja o saber história do povo, prédios, quilombos entre outros, sempre vinculados ao interesse coletivo”, ponderou. Ela também afirmou que esta questão precisa ser bem estudada pelo Câmara para que o projeto não tenha que receber alterações em um curso espaço de tempo.

A vereadora Neuza Canabarro (PDT) coordenou os trabalhos que foram acompanhados por 12 entidades. Também compareceram ao encontro os vereadores Aldacir Oliboni (PT) e Maria Luiza (PTB).

Regina Andrade (reg. prof. 8423)

16 dezembro 2007

Bandidos usam motoserras


Árvore foi atacada com motoserra na rua Luzitana, bairro Higienópolis, em Porto Alegre.

Leia aqui:
http://poavive.wordpress.com/2007/12/16/higienopolis-pede-ajuda/

http://higienopolisvive.blogspot.com/2007/12/flamboyant-da-luzitana-atacado-por.html



Atualização:

No dia de hoje, 20/12, o secretário do Meio Ambiente manda e-mail informando as ações da SMAM sobre o caso:

Com relação ao Flamboyant em frente a Luzitana, 614 que sofreu ação criminosa em tentativa de remoção sem autorização desta SMAM, temos a informar:

Foi emitido auto de infração de nº 120718, para a empresa infratora de nome Jorge Bueno Imóveis que esta realizando serviços no local, Conforme o relatado pelo denunciante o vegetal sofreu lesões e danos graves.

Em caso de morte da referida árvore a própria SMAM irá plantar outra muda no mesmo local, e na seqüência irá buscar via ação administrativa legal a compensação vegetal junto ao infrator assim como o encaminhamento ao Ministério Público do ocorrido.

Secretário Beto Moesch

29 novembro 2007

Nova Diretoria da AMABI

Dia 27 ocorreu a eleição, por aclamação, da nova diretoria da AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência.
Foram empossados para a nova gestão (27/11/2007 a 27/11/2009):

DIRETORIA
Presidente: Ana Lucia Vellinho D´Angelo
Vice-Presidente: Luís Carlos Gasparote
2º Vice-Presidente: Ney Francisco Ferreira
1º Secretário: Geci Marc
2º Secretário: Haroldo Pinto Hugo
Tesoureiro: Reinaldo Pìrajá Lameira

CONSELHO CONSULTIVO E FISCAL
Titulares
1) Lília Stumpf Mora
2) Marcelo Ruas
3) Elder da Costa e Silva Nunes
Suplentes
1) Olivir Schenkel
2) Osmar Osvaldo Müller
3) Paulo Climus

26 novembro 2007

Fórum de Entidades para a Revisão do Plano Diretor


Os "Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho" estão se inscrevendo para participarem do Fórum de Entidades que objetiva o acompanhamento da tramitação do projeto de Revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre.

09 novembro 2007

Tribuna Popular na Câmara de Vereadores


Os moradores da Independência e Floresta foram muito bem recebidos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Apenas um "incidente", o representante dos moradores, Luis Gasparote, não foi com casaco e gravata e pelo regimento da cas não poderia falar da Tribuna assim. Foi arrajado um casaco (muito pequeno para ele) emprestado de um morador do Ed. Edelweiss e uma gravata que não combinavam, mas assim vestido pode ler o texto na Tribuna.
Haviam poucos vereadores no horário, pois estavam discutindo outro tema importante em outro local no mesmo horário, foi o que nos disseram.
Os vereadores que se pronunciaram após a fala, deram seu apoio aos moradores e sugeriram que o assunto fosse discutido nas Comissões Internas da Câmara, especialmente na de Meio Ambiente.
Parece que o problema ainda está longe de ser resolvido. Os vizinhos do Shopping ainda vão se incomodar bastante com as noites mal-dormidas e o stress.

01 novembro 2007

Moradores da região naTribuna Popular

Moradores do entorno do Shopping Total usarão a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, para reclamar contra a poluição sonora que vem das casas noturnas instaladas no Shopping Total.
Será dia 8 de novembro, quinta-feira, às 14 horas.

29 outubro 2007

As ruas-túneis de Porto Alegre

Rua Gonçalo de Carvalho, próximo da Rua Santo Antônio - Foto: Cesar Cardia
Este excelente texto de Amilcar Bettega foi publicado no Terra Magazine em 30 de maio de 2007.
Sua postagem aqui no Blog, foi autorizada pelo autor e pelo Terra Magazine.

As ruas-túneis de Porto Alegre
Quarta, 30 de maio de 2007
Amilcar Bettega
E tem dessas ruas, verdadeiros túneis verdes onde a luz do final da tarde se infiltra por entre as folhas e enche o interior do túnel de um amarelo espesso, carregado de inúmeras partículas de composição desconhecida que dão ao ar o aspecto de uma poeira vegetal descendo sem peso dos galhos das árvores.
De repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de um desses túneis. Olhá-lo desse ponto é como ver materializada a imagem da paz. As árvores que crescem nas duas calçadas unem suas copas mais ou menos à altura do terceiro andar dos edifícios - também eles alinhados, mas no exterior do túnel -, criando esse espaço particular protegido da luz direta do sol.
Caminhar no interior de um desses túneis é como entrar num cenário de sonho. Alguma coisa ali escapa do real. As cores não são as mesmas com as quais nos deparamos todos os dias. O amarelo - eu insisto, talvez numa tentativa de melhor apreendê-lo - é denso, quase palpável, uma grande massa gasosa que se forma quando a luz incisiva, cristalina, quase branca do sol passa com esforço através da camada verde de folhas e galhos e cipós que pendem preguiçosamente em alguns pontos.
Mesmo se por acaso faz frio, a sensação que essa luz amarelada transmite é de calor, de algo que envelopa por inteiro cada centímetro quadrado de qualquer corpo, vivo ou não, que se encontre mergulhado em seu interior.
Não tenho dúvida de que as percepções igualmente oníricas do espaço e do tempo no interior do túnel decorrem dessa massa de luz amarelada, o elemento principal do túnel, a sua substância. Quanto mais inclinado estiver o sol lá fora, quanto mais a tarde avança, mais denso será o amarelo, tendendo um pouco para o laranja antes de se evaporar nos dois ou três minutos que precedem o abraço repentino da noite.
Mover-se nesse espaço significa encontrar o ritmo exato da respiração do túnel. Estamos ali como que imersos em algo que não é nem líquido nem gás mas um estado intermediário, um estado que exige lentidão de movimentos e certo recolhimento parecido ao que experimentamos percorrendo a nave de uma imponente catedral. A abóboda de galhos e folhas alonga o espaço para o alto sem interrompê-lo de forma brusca, criando uma espécie de teto difuso, descontínuo porque feito pela superposição de folhas e ramos, mas compacto o suficiente para, primeiro, filtrar a luz que vem do exterior e, segundo, para aprisionar o resíduo dessa filtragem, essa espécie de luz-gás que infla o túnel como um balão comprido ou um imenso pulmão ressoando ruídos urbanos.
Tais ruídos também são particulares ali dentro, chegam também eles filtrados, transformados, isolados, e o resultado é como se ouvíssemos de longe, mas muito longe, os sons da cidade se movimentando logo ali fora, no exterior do túnel.
(O canto dos pássaros, se a hora for essa do fim da tarde ou de manhãzinha, mereceria um extenso parágrafo à parte. Estando em uma posição especial, nem no interior nem no exterior, mas na própria "parede" do túnel, os pássaros vão emitir seu canto que será ouvido diferentemente conforme a posição do ouvinte. Para quem está fora do túnel, o canto chega misturado aos sons agudos, francos e múltiplos que a cidade manifesta a cada batimento do seu coração; enquanto que no interior do túnel este mesmo canto reverbera gravemente, destacado de todo e qualquer outro som, fazendo vibrar as folhas das árvores que, por sua vez, emitem um rumor que é mais visto do que ouvido, no reflexo tremido da luz contra as folhas).
Falamos de uma cápsula, se quiserem, mas não uma cápsula estanque. Ao contrário, tudo ali é permeabilidade, tudo está em diálogo contínuo com o que existe à volta. A cidade, assim como a luz, entra no túnel através dos seus poros, a cidade entra na rua, recolhe-se nesse espaço íntimo, quase sagrado. E a percepção que se tem dela ali dentro é, e não poderia ser diferente, mística. Ali tocamos a sua essência, todo o resto ficou lá fora.
Inclusive o tempo.
Porque parece ser impossível contar o tempo no interior do túnel. Impossível se aperceber da sua passagem, mesmo sendo evidente que ele não está paralisado. Apenas, talvez, seu andamento não seja uniforme, isto é, alguns minutos são mais longos do que outros, uns têm mais do que sessenta segundos outros menos, o que resulta numa marcha temporal que se constrói por saltos: frações de tempo quantitativamente iguais se sucedem gerando períodos que são sentidos como muito longos, intercalados por outros muito curtos, fugazes instantes capazes de abarcar toda uma jornada.
*
Pois de repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de uma dessas ruas. Ao fundo, ela se espicha, espremida pela fila de árvores que crescem nas calçadas. Do alto pendem os galhos plenos de verde e as cordas de cipó cobertas de folhas.
Os cipós e a abundância verde deixam claro que estamos perto do trópico. E o amarelo, esse, creio estar relacionado a certa "meridionalidade" na proporção exata para produzir efeitos de ótica rara a partir da mera incidência do sol na copa das árvores.
Onde o sul e o trópico flertam. Porto Alegre está justamente aí. Cheia desses túneis verdes, cheia dessas ruas mágicas cobertas por uma abóboda de folhas e ramos de árvores. Podemos encontrá-las facilmente no Bom Fim, na Floresta, mas também no Moinhos de Vento e até em meio à platitude de São Geraldo.
Basta deixar-se levar. Você vai por uma avenida central, barulhenta, movimentada, e de repente, numa esquina, você olha para o lado e lá está. Então não resta mais nada a fazer senão se enfiar por um desses túneis. Sem saber onde nem quando você vai sair.

Amilcar Bettega é escritor, autor de O vôo da trapezista, Deixe o quarto como está e Os lados do círculo (livro vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira em 2005). Vive em Paris.

Publicação original: Terra Magazine (clique aqui)


24 outubro 2007

Prêmio Von Martius de Sustentabilidade 2007.

Definidos os 10 finalistas para o maior prêmio ambiental do Brasil.
A divulgação dos vencedores nas categorias Natureza, Humanidade e Tecnologia será feita quando da cerimônia de premiação, dia 7 de novembro, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
A Ação de Preservação da Rua Gonçalo de Carvalho, concorreu na categoria Natureza.
Infelizmente, não fomos selecionados entre os finalistas. O que nos levou a participar desta conceituada premiação foi o interesse em divulgar que ações como a nossa para preservar a rua e o Meio Ambiente, feitas por pessoas comuns, devem ser incentivadas.
Convenhamos, ter o que contar para participar de um prêmio dessa qualidade, já é uma vitória!

Nada mudou.
Continuaremos usando nosso blog, enviando e-mails e apoiando todos os que precisam e merecem ser apoiados nessas ações.

Mais informações sobre o Prêmio Von Martius, aqui: http://www.premiovonmartius.com.br/

15 outubro 2007

A indústria da construção e o Meio Ambiente

Quando se fala em proteção ao meio ambiente, pode-se dizer que a construção civil é a mais poluidora das atividades humanas.

Estudos indicam que menos de 20% da população mundial é responsável por mais de 75% da contaminação existente no ambiente natural.

No mundo da construção, grande parte dos responsáveis por este segmento parecem não atentarem de como essa atividade afeta o meio ambiente. Mas alguns arquitetos já começam a defender uma construção sustentável. Pois a indústria da construção utiliza enormes quantidades de recursos naturais (energia, água, materiais e do solo), e produz grandes quantidades de resíduos, muitos deles altamente tóxicos, que via de regra não são reciclados e normalmente não são controlados. São as famosas “sobras de obra”, depositados em aterros.

Segundo dados dos Worldwatch Institute de Washington, cerca da metade das emissões de dióxido de carbono que existem na atmosfera são produzidas diretamente pela construção civil e pela utilização dos prédios. Estima-se que cada metro quadrado de residência é responsável por uma emissão de cerca de 1,9 toneladas de dióxido de carbono durante sua vida útil.

A atual indústria da construção civil é uma grande consumidora de recursos naturais. Os prédios usam cerca de 60% de todos os materiais extraídos do planeta. Além disso, muitos dos materiais usados na construção civil (cerâmica, aço, alumínio, etc.) requerem para sua produção de altos consumos de energia e recursos naturais.

Estima-se que na Inglaterra os resíduos da construção passam de 70 milhões de toneladas anuais. A reciclagem dos resíduos já é prática comum em vários países europeus, mas e no Brasil? E na China, um dos países onde mais se constrói atualmente?

O estudo global dos impactos ambientais que pode provocar uma edificação, requerem uma metodologia rigorosa de análise dos materiais usados, do processo construtivo, do consumo de energia, dos custos da demolição, do destino dos resíduos, etc.

Na Europa já existem experiências em certificação para Edifícios de Alta Qualidade Ambiental. Um dos mais desenvolvidos é o britânico BREEAM, do Building Research Establishment, que avalia a poluição atmosférica, o uso racional dos recursos naturais e as condições internas dos prédios.

Existe uma grande diferença entre os impactos ambientais de um edifício de baixo desempenho, em comparação com o que é possível conseguir com as melhores práticas atuais. Se quisermos cumprir hoje os requisitos de desenvolvimento de uma forma sustentável, temos de assegurar que os novos edifícios possuam as melhores qualidades ambientais.

Esperemos que o Brasil também siga o caminho da Certificação Ambiental.
Ilustração: Jornal Clarin

12 outubro 2007

Nobel da Paz faz "escolha ecológica" e premia Al Gore e IPCC, da ONU

O Prêmio Nobel da Paz deste ano foi entregue a dois representantes da luta contra a mudança climática: o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da ONU.

Gore e o presidente do IPCC, o indiano Rajendra Pachauri, representante da organização criada em 1988 como instrumento para acompanhar o aquecimento global, dividiram o prêmio, anunciado hoje em Oslo.

"A ação é necessária antes que a mudança climática escape ao nosso controle", disse o diretor do Comitê Nobel, Ole Danbolt.

Ele pediu para que todos os políticos do mundo assumam a responsabilidade na luta contra a devastação da Terra e para que respondam à preocupação de todos os cidadãos com o tema.

(Do Terra.)

Ecologista en apuros
El Nobel de la Paz es acusado de no ahorrar energía
LANACION.com | Exterior | Viernes 12 de octubre de 2007

11 outubro 2007

Amigos da Santos Neto no Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental


Amigos e Moradores da rua Santos Neto montaram stand no II Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que se realiza na UFRGS.
Objetiva chamar a atenção da mídia para os problemas que pessoas como eles, enfrentam nos dias de hoje com a perda de qualidade de vida. Um espigão de 17 andares será construido na rua.
No stand também se destacam os Movimentos Porto Alegre Vive e Petrópolis Vive juntamente com a rua Gonçalo de Carvalho, primeira rua tombada como Patrimônio Ecológico de uma cidade.

06 outubro 2007

Caso da rua Santos Neto


Segunda-feira, dia 08 de outubro, às 14 horas, acontecerá uma audiência no Ministério Público, com o Promotor Norberto Avena, sobre o espigão da Rua Santos Neto.

Pedimos a quem tenha interesse e boa vontade que escreva um e-mail demonstrando sua inconformidade com esta construção, incompatível com o entorno.


O e-mail deve ser encaminhado para :

urbanistica@mp.rs.gov.br


Assunto: Inquérito Civil n° 112/2007 - Sr. Promotor Norberto Avena.

25 setembro 2007

Tombamento da Marquês do Pombal

Um trecho da rua Marquês do Pombal, no Bairro Moinhos de Vento, foi transformada em Patrimônio Histórico Ecológico da cidade.
O decreto, assinado pelo Secretário do Meio Ambiente e Prefeito Municipal, estabelece a preservação do Túnel Verde existente entre a Travessa Carmem até a Coronel Bordini.

Essa é a terceira rua tombada, após a Gonçalo de Carvalho e a João Mendes Ouriques, em Ipanema.

22 setembro 2007

Rua Marquês do Pombal - Patrimônio Histórico Ecológico de Porto Alegre

Rua Marquês do Pombal. Foto: Luciano Lanes/PMPA

Dia 25 de setembro, Porto Alegre terá mais uma rua tombada como Patrimônio Ecológico.
Desta vez será a rua Marquês do Pombal, que fica na divisa dos bairros Floresta e Moinhos de Vento.
Novamente a comunidade foi ouvida e suas exigências de preservação das árvores, que formam um admirável túnel verde, respeitadas.

As árvores da Marquês do Pombal estavam ameaçadas por uma obra executada pela prefeitura - o conduto Álvaro Chaves-Goethe, para controlar alagamentos - e algumas delas chegaram a ser podadas. Felizmente moradores da região mobilizaram-se, exigiram a paralização dos trabalhos e conseguiram a alteração do traçado original da obra. O custo da alteração onerou o projeto em R$ 800 mil, que foi assumido pela prefeitura e teve a concordância do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador do projeto. A decisão passou por todas as instâncias de fiscalização e foi aprovada pelos consultores técnicos do Banco, enviados a Porto Alegre para esse fim.
Parabéns aos cidadãos da Marquês do Pombal, da Associação Moinhos de Vento, a todos os cidadãos de Porto Alegre que insistem em defender o Meio Ambiente e melhor qualidade de vida para nossa cidade.

21 setembro 2007

Dia da Árvore

No Dia da Árvore, alguns bons motivos para plantar e preservar as árvores, extraído do site "Árvores do Brasil":

Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia. Imagine como elas poderiam ajudar para não ocorrerem tantas enchentes, das quais matam e deixam muitas pessoas sem casas! Junto com toda essa água absorvida, muitos nutrientes de matérias orgânicas (como as fezes dos animais) são absorvidos pelas raízes e transformados através da fotossíntese, em alimento para a toda a planta. Por sua vez, folhas, frutos, madeira e raízes servirão de alimento para diversos seres vivos. Os animais por sua vez, irão defecar o que comeram, e as folhas e frutos que não serviram de alimento caem no solo.
Folhas, frutos e fezes de volta ao solo, e todo o ciclo recomeça.

A camada de folhas que se formam a baixo das árvores, servem de berço para as sementes, e para proteger o solo dos pingos da chuva. Cada pingo de chuva que cai diretamente no solo, causa erosão. A erosão do solo pode ser prejudicial em vários casos:

Em rios: A erosão leva terra e areia para o leito (fundo) do rio, fazendo com que o rio fique mais raso, com menor capacidade de guardar água, causando a falta de água nos meses de pouca chuva, além da morte dos peixes.

Para o Solo: A erosão leva embora as sementes que poderiam germinar e recompor a vegetação natural. Ou seja, solo desprotegido tende a continuar desprotegido.

Para os animais: A erosão pode levar embora ninhos de animais que os fazem no chão, e tampar os de diversos outros animais, matando os filhotes que estão dentro. Além do mais, sem vegetação e frutos para alimenta-los, eles vão embora ou morrem de fome.

Para os lençóis freáticos: Os solos sem vegetação, por não terem raízes e minhocas para deixa-lo fofo, não tem uma boa absorção de água. Além do mais, como não há barreiras para a água, ela vai embora rapidamente, não dando tempo para a água da chuva penetrar no solo. Com isso os lençóis freáticos secam, acabando assim com muitos rios e conseqüentemente com nossa água potável.

A copa das árvores também protege o solo da chuva direta, sem contar que suas raízes seguram firmemente o solo. As raízes de árvores que estão nas beira de rios, aparecem as vezes dentro do rio, parecendo cílios. Essas raízes além evitarem a erosão, servem de casa para muitos animais. Por causa destes cílios, a mata próxima aos rios é conhecida pelo nome de Mata Ciliar.

Uma árvore pode transpirar por suas folhas, até 60 litros de água por dia. Este vapor se mistura com as partículas de poluição do ar, e quando se acumulam em nuvens, caem em forma de chuva. Portanto, as árvores ajudam também na retirada de poluentes do ar! Além do mais, este vapor ajuda a equilibrar o clima da região. Isso é facilmente percebido em parques e floretas que tem seu clima mais fresco.

Outro ponto que podemos notar até mesmo em parques no meio de grandes cidades, é o silêncio! As árvores formam uma parede que impede a propagação dos ruídos. Cercas vivas estão sendo muito utilizadas hoje em dia para criar ambientes mais silenciosos e aconchegantes (além de bonitos).

Se ainda assim, você ainda não se convenceu de que deve plantar árvores
espere para saber mais...

Sombra: ah que delícia uma boa sombra ! Não é ? Bem, se levarmos em conta a devastação e a não preocupação do reflorestamento, pode se preparar para sair de casa de guarda sol, pois a previsão é de que em 2030 nossas matas vão acabar !

Madeira: Se você não tem nada de madeira na sua casa pode enviar seu nome para colocarmos no livro dos recordes. O mercado madereiro é um dos que mais cresce no Brasil. Muitas empresas são clandestinas, e pouca gente se preocupou em saber se a madeira que está comprando é autorizada ou não. Se você usa madeira, por que não ajudar plantando ?

Papel: Não sei se você sabe, mas não há no mundo país que tenha um substituto para o papel vindo da madeira de árvores, sendo produzido em larga escala ! Preocupante ? Então imagine quantas árvores você já usou e vai usar só com papel !

Oxigênio: Você respira ? Bem, pode não conseguir mais daqui alguns anos. A poluição gerada pelas grande cidades estão desequilibrando a quantidade de oxigênio no mundo ! E uma novidade: Estudiosos afirmam que florestas muito antigas, que já atingiram seu equilíbrio, produzem a mesma quantidade de gás carbônico (liberado a noite) que a de oxigênio. E que florestas jovens, para poder crescer, liberam muito mais oxigênio do que gás carbônico. Isso significa que plantar uma árvore é produzir oxigênio !

Frutas: Quem não gosta de uma boa fruta ? Mas não pense que elas são produzidas em laboratório. Elas chegam à sua mesa, pois árvores às produziram. E se você fizer as contas deve ter gasto com frutas o bastante para ter mais de 100 pés de cada fruta que você gosta. Mesmo porque o gasto em se ter uma árvore é quase zero.

Fauna: Que delícia ouvir o canto dos pássaros logo de manhã ! Pois então ! Plante uma árvore perto de sua casa e ouça o resultado! Se você estiver em zona rural, ou próximo à alguma floresta, ainda poderá receber a visita de diversos animais da fauna brasileira.

http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_porque_plantar

16 setembro 2007

Rua diz NÃO ao espigão



Dezenas de moradores e amigos da rua Santos Neto, no bairro Petrópolis, fizeram neste domingo uma manifestação contrária ao espigão de 17 andares que está para ser construído.

O impacto ambiental, os problemas de saneamento e o congestionamento de trânsito na pacata e estreita rua, caso saia a construção, serão irreversíveis.

Mas nosso atual Plano Diretor permite uma aberração dessas.
Os amigos da Gonçalo de Carvalho apoiam mais essa ação dos cidadãos de nossa cidade.

Veja mais informações sobre o problema aqui.

15 setembro 2007

Opinião sobre o Plano Diretor

Mensagem recebida, relacionada ao Plano Diretor de Porto Alegre:

Prezados amigos,

Quanto a minha opinião relacionada ao Plano Diretor de Porto Alegre apresento os seguintes pontos:

1. Deve ser elaborado para ser obedecido por um período igual ou superior ao da vida útil das obras que forem licenciadas para serem construídas. O que tenho visto é que nossos PD são mudados como se muda de roupa, prejudicando aqueles que investem com dificuldades e quando menos esperam são surpreendidos com construções de altura significante dando sombra e tirando o valor do patrimônio levantado. Cada mudança de Prefeito sempre busca mexer no PD e beneficiar os especuladores. Collares inventou o "Solo Criado" que permitiu elevar as alturas das construções em diversas áreas.

2. Sou favorável a preservação de alturas menores nas construções para melhor iluminação e aproveitamento solar.

3. O PD deve definir o crescimento futuro da cidade buscando diversificar os polos bancários, econômicos e comercial, coisa que os últimos PD não fizeram.

4. O Centro de POA hoje em dia, totalmente desvalorizado devido á políticas de trânsito mal implementadas e a liberalização na altura e porte de algumas obras. A sombra, umidade etc é uma constante.

5. O PD deveria estimular a construção de garagens no Centro de Porto Alegre fazendo com que o custo do estacionamento leve a um equilíbrio e a um preço baixo que permitam o usuário ir ao centro com rapidez e não ficar rodando até encontrar uma vaga e com isto gerando congestionamentos.

6. A área do Cais deveria ser liberada para o uso popular, para passeios e pequenos locais de lazer e refeições ou lanches, tal qual o PORTAL em Brasília. No entanto o que querem é entregar a área para a iniciativa privada construir áreas residenciais, entre a Rodoviária e a Ponte e na ponta do Gasômetro. Estas áreas, já consideradas pelos Administradores da Área Portuária como inservível pode abrigar áreas de lazer com esporte náutico.

7. O saneamento e recuperação de áreas urbanas hoje inundáveis devem ser consideradas aptas para canalizações. Hoje a SMAM não permite por exemplo a recuperação de parte do Bairro Protásio Alves.(existem casas caindo).

8. O PD deveria se preocupar em preservar a área com mata nativa ao londo da perimetral no trecho da Protásio Alves e Jardim Botânico. Esta área deveria ser incorporada como área verde.

9. O PD deveria analisar o tráfego de ônibus nas grandes vias de POA, pois existem algumas com vultuosos investimentos, com grandes reservas para o transporte coletivo nas quais passa um ônibus por hora, enquanto o tráfego particular fica engarrafado.

10. O PD deveria fazer um planejamento de todo o tráfego de POA analisando a implantação de sinaleiras em mais pontos que permitam um tráfego mais distribuído na passagem de avenidas (hoje é totalmente concentrado agravando todo um trânsito, exemplo a Av. Protásio Alves que possui pouquíssimas passagens de veículos de um lado á outro da avenida. Hoje em dia com uma sinalização controlada por computadores o número de sinaleiras não é o problema pois o trânsito pode fluir continuamente bastando uma programação prévia dos semáforos.

11. Os parques estão mal aproveitados pela população face á dificuldade de estacionamentos. Ruas que permitiriam estacionar se o trânsito for bem estudado minimizando sua utilização poderiam servir de estacionamento. O problema do trânsito, que é um problema de PD deve ter mais liberdade de sentido de trânsito e não mão única (mão única só onde não se justifique mesmo por falta de largura).

De tudo isto, o mais importante é um PD que seja válido por um período mais longo sem mudanças, prédios baixos, liberação dos espaços em pilotis, os quais permitiriam ao transeunte se recolher na época de chuva e no calor inevitável. O pilotis foi implantado para isto, para a área ser jardim e livre para a população, pois de outra forma não se justifica (hoje é estacionamento, está gradeado e passa á ser área privativa do edifício).

Por outro lado a humanização do centro passa por espaço de lazer e estacionamento e não pela construção de arranha céus.

Atenciosamente.

Henrique Wittler
Engenheiro Civil – morador do bairro Jardim Botânico

13 setembro 2007

Mais de 16 mil espécies em perigo de extinção

PUBLICACIÓN DE LA LISTA ROJA DE ESPECIES AMENAZADAS

Más de 16.300 especies de animales y plantas se encuentran en peligro de extinción

La Lista Roja clasifica las especies en peligro en cinco grupos: a) 'extinto o extinto en estado silvestre'; b) en peligro crítico y vulnerable; c) casi amenazado; d) preocupación menor; d) datos insuficientes. Los países en los que se están produciendo mayor número de extinciones son Australia, Brasil, China y México.

Leia a matéria completa do jornal El Mundo - Espanha, aqui.

10 setembro 2007

Poluição sonora incomoda vizinhança



Diversos moradores das cercanias do Shopping Total reclamam da poluição sonora que tem origem na nova casa noturna instalada no shopping.

Já está ocorrendo intensa mobilização dos moradores da região para exigir que os poderes públicos tomem as devidas providências.

A nova casa, República de Madras, inaugurada recentemente, parece que não providenciou isolamento acústico, ou se existe foi feito inadequadamente, reclamam os moradores dos prédios vizinhos que não conseguem dormir à noite.

Cabe ressaltar que já existe outra casa noturna no shopping, o John Bull Pub, que nunca incomodou a vizinhança com poluição sonora.

Vejamos quanto tempo mais os moradores próximos ao shopping terão que ficar insones, esperando que os órgãos fiscalizadores da prefeitura façam cumprir a legislação existente.

29 agosto 2007

Afinal, a cidade é para as pessoas ou para os carros das pessoas?


Cada vez mais se cobram obras, viadutos, elevadas para acomodar a enorme quantidade de veículos que transitam nas cidades. Em Porto Alegre, dizem que são 600 mil!
Onde isso vai parar?
A malha viária da cidade não tem limites?
A cidade existe para as pessoas que moram nela ou para os veículos das pessoas?


Vale a pena ler este texto no Cão Uivador:
http://caouivador.wordpress.com/2007/08/28/as-ruas-do-centro-dos-carros-ou-das-pessoas/

26 agosto 2007

Movimentos e Associações de Moradores entregam carta ao prefeito

Nesta sexta, 24 de agosto, uma comissão do Movimento Porto Alegre Vive, representando ONGs, Movimentos e Associações de Moradores de vários bairros de Porto Alegre, entregou carta ao prefeito Fogaça relacionada ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental.
O prefeito deve encaminhar um projeto de revisão do PDDUA para ser votado na Câmara de Vereadores.

Leia a carta aqui.


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23 agosto 2007

Resíduos Hi-tech: uma bomba-relógio ambiental


Daniela Vianna/Coletivo de Jornalistas Ambientais - 18/05/2007

No ano em que o mundo admitiu que o homem é o principal responsável pelas mudanças climáticas e discute soluções para frear o aquecimento global, o Brasil insiste em empurrar para baixo do tapete a realização de um debate amplo e aberto sobre a problemática que envolve os resíduos tecnológicos, chamados resíduos hi-tech. Entre eles estão pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, telefones celulares e equipamentos eletroeletrônicos (computadores, televisões, rádios e impressoras etc.).
São toneladas de equipamentos que se tornam obsoletos em pouco tempo e cujo descarte adequado é desconhecido por grande parte da população brasileira. A maioria destes produtos possui em sua composição metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio, entre outros. Se manuseados de maneira inadequada ou dispostos de forma irregular no solo oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente, com perigo de contaminação do ar, do solo e das águas.

...

Milhares de brasileiros não fazem a menor idéia de que o descarte inadequado de equipamentos eletroeletrônicos e de baterias de celular pode causar graves danos à saúde e ao meio ambiente. Por outro lado, eles têm acesso cada vez mais facilitado a esses tipos de produtos. O Brasil fechou o mês de março com 102,1 milhões de linhas de telefonia móvel, segundo a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. O número de aparelhos é muito maior. Em cada data festiva, as operadoras de celular praticamente dão aparelhos novos e mais modernos em troca da assinatura de planos de ‘fidelização’ do cliente.

Só em celulares, o Brasil já é o quinto maior mercado do mundo, atrás da China, Estados Unidos, Rússia e Japão. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2005), realizada pelo IBGE, indica que a televisão está presente em 91,4% dos lares brasileiros, seguida de geladeira (88%), rádio (88%) e máquina de lavar roupas (35,8%). Os computadores já chegam a 19% dos domicílios, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) e a meta das empresas do setor é vender 10 milhões de computadores pessoais no país em 2007 – foram 8,3 milhões comercializados em 2006.

Se esses equipamentos fossem bens de consumo realmente duráveis, como eram as geladeiras e os eletrodomésticos nas décadas de 1960 e 1970, tais números indicariam um crescimento positivo do poder de compra da população. A pesquisadora da Universidade Metodista de Piracicaba, Angela Cassia Rodrigues, alerta que, para atender à lógica de mercado, os produtos de fato custam menos, mas hoje duram pouco mais do que o prazo de validade e logo se tornarão obsoletos.

Ela estuda há cinco anos os aspectos políticos, sociais e ambientais dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos no âmbito internacional e nacional. Ângela chama a atenção para o fato de que a redução da vida útil dos produtos obriga o consumidor a descartá-los mais rápido e substituí-los por novos. O tempo médio de vida de um computador nos Estados Unidos, por exemplo, caiu de 4,5 anos (em 1992) para dois anos em 2006.

“Minha avó tinha uma geladeira Climax que durou mais de trinta anos. Hoje, por mais que você cuide, depois de poucos anos você já pensa em trocar, seja porque estragou ou porque tem outra melhor”, afirma a pesquisadora Wanda Risso Günther, especialista em resíduos sólidos e professora doutora da Faculdade de Saúde Pública da USP. “A nossa cultura é a do ter e estamos gerando cada vez mais resíduos tecnológicos. Essa lógica precisa ser revista”, defende.

Para a pesquisadora, as partes de equipamentos que contêm metais pesados devem ser consideradas resíduos Classe I – perigosos –, de acordo com a classificação da NBR 10004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e precisam de cuidados especiais e o gerenciamento adequado da armazenagem à disposição final em aterros de resíduos especiais.

Leia o texto completo aqui.




06 agosto 2007

Mais uma: colocarão lixeiras nas ruas

Da página da Prefeitura:


06/08/2007

LIMPEZA URBANA

Cidade terá oito mil novas lixeiras

O Diário Oficial do município publicou hoje, 6, edital de licitação da Comissão de Licitações da Secretaria Municipal da Fazenda para a compra de oito mil novas lixeiras a serem instaladas na cidade. A compra será feita por pregão eletrônico no próximo dia 21 e faz parte do trabalho de renovação dos serviços de limpeza urbana. Após a assinatura do contrato, a empresa vencedora terá até 75 dias para iniciar o trabalho, que deve durar 10 meses, no máximo.

O coordenador do Grupo de Trabalho da Limpeza Urbana, Roberto Bertoncini, informa que a expectativa é realizar a contratação ainda no mês de setembro, transcorridos os prazos formais da licitação.

O edital prevê a instalação de 400 lixeiras a cada 15 dias. Os cestos terão pintura automotiva e serão feitos de aço galvanizado, mais resistente à depredação. Para garantir a durabilidade do material, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) irá montar um banco de dados, com informações sobre localização e manutenção das lixeiras, com apoio dos recursos de georreferenciamento da Procempa.


Solicitação dos Amigos da Gonçalo de Carvalho:

05 agosto 2007

SMAM atende parcialmente uma de nossas solicitações

Saiu no jornal Zero Hora:

Fontes alternativas
Fluorescentes, uma solução problemática

O uso de lâmpadas fluorescentes - estimulado pelo governo durante o "apagão" de 2001 e recomendado até hoje para economizar energia elétrica - pode pôr em risco o ambiente e a saúde da população.
É que essas lâmpadas contêm de 15 a 20 miligramas de vapor de mercúrio, um metal pesado perigoso. Quando quebradas, liberam o vapor, que se fixa em nosso corpo e pode causar danos aos pulmões, ao cérebro e ao sistema gástrico. Quando depositadas em aterros sanitários ou lixões, por exemplo, contaminam o ar e o solo.
No Brasil, algumas empresas fazem a descontaminação das lâmpadas, retiram o vapor e recuperam o mercúrio. Vidro, peças plásticas e soquetes de alumínio também são reaproveitados. Tudo isso tem um custo, estimado em R$ 0,40 por lâmpada. O vidro da lâmpada, que é muito resistente, pode ser usado na constituição da cerâmica. O mercúrio pode ser vendido para empresas que fazem termômetros e barômetros, e o pó fosfórico, após a descontaminação do mercúrio, pode ser vendido para o próprio fabricante, já que a matéria-prima é muito cara.
A questão é que a empresa mais próxima fica na cidade catarinense de Indaial, o que cria um problema logístico. Como o frete influencia no preço, só vale a pena reciclar quando há um acúmulo significativo de lâmpadas - o que, por sua vez, requer um local adequado para armazenamento.
Em Porto Alegre, uma resolução do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) que entrou em vigor este mês responsabiliza os estabelecimentos em que foram compradas as lâmpadas pelo destino final. As lojas terão uma licença para armazenar esse material e precisarão firmar contrato com uma das empresas de reciclagem. Segundo Alessandra Nogueira Pires, chefe da equipe de resíduos sólidos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), ainda vai demorar para o comércio assumir a responsabilidade:
- A mudança não começa de uma hora para a outra, haverá etapas a serem cumpridas. Nossa primeira ação será chamar lojistas e supermercadistas para explicar que tipo de resolução é essa. No início vai ser mais complicado, mas depois a legislação será absorvida.

Link para a matéria na ZH:
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=8163&template=&start=1§ion=Ambiente&source=Busca%2Ca1572364.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=68&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=

Solicitação dos Amigos da Gonçalo de Carvalho:
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2007/04/algumas-sugestes-ao-plano-diretor.html
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2007/04/nossa-posio.html

Leia mais sobre as lâmpadas fluorescentes:
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=5656
http://www.newmoa.org/prevention/mercury/imerc/FactSheets/lighting.cfm

28 junho 2007

Mediação comunitária, uma forma alternativa de tratar conflitos

Hoje pela manhã, na Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa do RS, foi apresentada uma forma alternativa de tratar conflitos: Mediação Comunitária.

A proposta foi apresentada na Audiência Pública, pela Escola Superior de Magistratura da AJURIS. Segundo os palestrantes, na Mediação Comunitária os conflitos são administrados pelos próprios envolvidos que contam com o auxílio de um mediador.

Talvez esteja aí uma boa alternativa para desafogar o judiciário, além de ser uma maneira criativa de se fazer justiça com maior rapidez.

A presidenta da Comissão de Serviços Públicos, deputada Stela Farias, sugeriu a constituição de grupo de trabalho para elaborar, juntamente com os demais interessados, um projeto de lei para ser apreciado no Parlamento gaúcho.

26 junho 2007

The Climate Project

Como todos sabemos é muito difícil conseguir apoios e até simples palavras de incentivo, quando enfrentamos adversários poderosos. Mesmo de pessoas e organizações que estão bem pertinho de nós...
Por isso, entre as manifestações recebidas, temos que destacar a do The Climate Project.
Isso demonstra a indiscutível força da nova mídia, a Internet.

De: "info@theclimateproject.org"
Para: Amigos da Rua Gon�alo de Carvalho
Enviadas: Terça-feira, 19 de Junho de 2007 18:39:04
Assunto: The first case known in Brazil.

We regret that no one from our office will be able to attend. Thank you for the invitation.

Best,

The Climate Project Staff


O Climate Project é um movimento que surgiu para educar e desafiar cidadãos e governos na ação contra a crise crescente do Aquecimento Global. Seu grande expoente é o ex-vice-presidente estadounidense Al Gore, muito conhecido entre nós não apenas por ter perdido uma eleição muito discutível para George Bush, mas por ter lançado o excelente documentário "An Inconvenient Truth" (Uma verdade inconveniente).

The Climate Project
An Inconvenient Truth

22 junho 2007

Sobre o Dia Mundial dos Refugiados

ACNUR - Dia Mundial do Refugiado 2007

O vídeo acima é da Campanha televisiva da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) que conquistou 5 prêmios de marketing canadenses (mp4 7.04MB).
Se não visualizar o vídeo pode baixar gratuitamente o reprodutor VLC media player (player de multimídia altamente portátil para vários formatos de áudio e vídeo. O software possui código-fonte aberto e inclui suporte aos formatos populares de vídeo e áudio, tais como: MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4, DivX, MP3, OGG, assim como DVDs, VCDs e outros protocolos de streaming. Funciona em praticamente todos os sistemas operacionais).

15 junho 2007

Sobre a Mudança no Clima



Há uma profunda injustiça nos impactos da Mudança Climática.
Os países ricos é que tem causado o problema depois de décadas de emissões excessivas de gases, o que lhes perimitiu que ficassem ainda mais ricos. Os países pobres porém, é que tem sido os mais afetados, tendo que fazer frente a um número cada vez maior de inundações, estiagens, enfermidades e fome.

Leia a matéria da OXFAN (em espanhol) aqui.

05 junho 2007

Patrimônio Ambiental com Placa e tudo...

Placa alusiva ao tombamento da Rua Gonçalo de Carvalho.

O descerramento da Placa.


Lembrando Haeni Ficht, já falecido, iniciador do Movimento.

A moradora mais antiga da rua, Elsie Sefton Pfau e sua filha Jana Pfau de Carvalho.

Da esquerda para a direita: Jacqueline do Movimento VIVA Gasômetro; Ney, Marcelo, Geci, Mara, Lilia, Cesar, Reinaldo e Alda, integrantes do Movimento que lutou pela preservação da Gonçalo de Carvalho. Não aparece na foto Ana Lúcia, também do Movimento.

Logo após o descerramento da placa, o prefeito José Fogaça e o secretário Beto Moesch, do Meio Ambiente, assinam o decreto que declara a rua João Mendes Ouriques, em Ipanema, a segunda rua tombada em Porto Alegre como Patrimônio Ambiental e Ecológico.


Leia mais aqui.
Mais fotos aqui (inclusive do início do Movimento)

31 maio 2007

A vitória é de todos. A comemoração também.

Dia 5 de junho de 2007 será comemorado o primeiro aniversário do decreto que declarou a Rua Gonçalo de Carvalho Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico, Ambiental e Ecológico de Porto Alegre. Foi o primeiro caso que se tem notícia no Brasil.
Isso deve servir de estímulo a todos os cidadãos que lutam para melhorar a qualidade de vida de nossas cidades.
Comemore conosco, dia 5 de junho às 9h30min, com o descerramento da placa alusiva.

Rua Gonçalo de Carvalho
A Rua Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico, Ambiental e Ecológico de Porto Alegre.
Decreto municipal 15.196 de 05/6/2006